30ª Corrida do Tejo

A Vida é Bela

Quando contemplamos o por-do-sol...

Quando descanso, descalça, no carro, enquanto retratas gaivotas... 

Quando estou junto de ti... olhos nos olhos...

Quando caminhamos lado a lado, mão na mão...

Quando corremos, na plenitude das nossas energias...

Quando olhamos o futuro e planeamos uma vida a dois...

Quando te carrego ao colo...

Quando estou na praia com amigos...

Quando sentimos  a maresia, numa tarde estival de outono...

Quando embarcados numa utopia, vamos além do Bojador...

Quando fazes no Bondicca um cruzeiro de sonho às Bahamas...

Quando aporto e estás à minha espera...

Quando apanho conchinhas contigo...

A vida é bela, quando pelo frio, o homem das castanhas as anuncia: "quentes e boas!"

Quando entre as rochas nasce uma flor...

Quando no ocaso  da vida, somos capazes de ir à pesca... 

Sempre que vejo uma flor e penso em ti...

A vida é bela, quando moramos em Oeiras!

Forte de São João das Maias

O Forte das Maias, como também é conhecida a fortificação marítima, está situado entre a Praia de Santo Amaro de Oeiras e a Praia das Fontaínhas, em Paço de Arcos. 

Maias era o nome dado ao lugar onde, no reinado de Dom João IV, se iniciou a construção do forte com a finalidade de  - no contexto da guerra de  Restauração da Independência de Portugal -  reforçar a defesa da capital do reino.

Antes das obras de restauro, no primeiro semestre de 2010, o forte encontrava-se num estado de avançada degradação. Pintado num tom cor de salmão e despojado das baterias enferrujadas, apontadas ao Tejo, surge agora  ao olhar dos visitantes do paredão como uma estrutura histórica de grande beleza, harmoniosamente enquadrada no espaço envolvente.

Recanto nascente da Praia de Santo Amaro e o forte, em 2007, antes do início das obras de prolongamento do passeio marítimo até Paço de Arcos.

A fortificação tinha grande poder de fogo. Situada numa posição estratégica, dominava o canal por onde ainda passa a navegação, obrigatoriamente afastada dos bancos de areia do Bugio, para não encalhar.

O Reduto da Foz de Oeiras, assim se chamava o forte,  construído em alvenaria, tem um traçado abalartuado, com merlões e guaritas cilindricas recobertas por cúpulas.

Foi construído para servir de apoio militar ao forte de São Julião da Barra na defesa da barra do Tejo. Em 1644  foi guarnecido por vinte soldados, dez artilheiros (operadores de boca de fogo),  um condestável (chefe de artilharia) e cinco canhões mas as obras só terminaram em 1653.

Ao longo dos séculos sofreu várias reestruturações, incluindo obras de reparação  de danos causados pelo terramoto de 1755.


Em 1802, após a Guerra das Laranjas, chegou a ter 24 peças de artilharia de diversos calibres: oito na bateria velha, doze na bateria nova, instalada em 1796,  e  quatro no terraço sobre a casa forte.

Durante as invasões francesas integrou a defesa constituída pelas Linhas de Torres.

"Embora em 1868 fossem efectuadas algumas obras de restauração, o forte não voltou a ser  artilhado e, como sucedeu a muitas das fortificações costeiras, por ser desnecessária a defesa costeira, acabou por ficar abandonado".

Em 1942,  as habitações e armazens anexos foram transferidos para o ministério das finanças que, por sua vez, autorizou a Legião Portuguesa a utilizar as instalações como colónia balnear dos filhos de legionários e militares.

Com o 25 de Abril, a Legião é extinta e as instalações são entregues em 1976 à tutela dos Serviços Sociais das Forças Armadas que continua a usá-las como colónia de férias.

Imagem do forte, em 2007, antes das obras de restauro e da construção do passeio marítimo.

Entrada de acesso ao forte, pela Marginal. Em 1940, alguns terrenos pertencentes à fortificação foram cedidos à Junta Autónoma de Estradas para construir a estrada marginal de Lisboa a Cascais.

Entrei na área envolvente mas não passei do portão de acesso ao forte, fechado à chave. Fica para próxima oportunidade a visita ao interior, onde há uma capela com silhar de azulejos de 1754, representando Santa Rosália e São Roque, santos protetores de doenças infeciosas.

Sobre o portão em arco de cantaria, uma lápide, encimada pelas armas reais, informa que  o capitão "Alvaro de Sousa o fez em 1644".  

Forte de São João das Maias, uma referência na paisagem riberinha de Oeiras

Bibliografia

-Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras, Carlos Pereira Callixto. edição CMO, 2002

Ligações
http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_das_Maias

 

 

 

 

 

Mexa-se na Marginal

Oeiras marca o ritmo - 11ª edição sem carros

Domingo, 6 de Junho de 2010, das 10h às 13h, entre Algés e a Praia da Torre

Soccer School de Mister Queiroz, numa ação de charme, propaganda e recrutamento de alunos, sem problemas económicos, no Mexa-se deste ano.

Mais uma vez, como vem sendo tradição desde há dez anos, a Marginal foi fechada ao trânsito automóvel para  a população a percorrer a pé, de bicicleta, em patins ou utilizando outros meios de mobilidade, amigos do ambiente.

A organização calcula em trinta mil o número de participantes nesta atividade, única no mundo com esta dimensão, diz-se.

A moldura humana, composta por crianças, jovens e adultos de ambos os sexos  transformou o espaço da Marginal num agitado e colorido local de lazer.

Ao longo do percurso alguns ginásios promovem as suas atividades incentivando a população a  entrar no ritmo, ao som de músicas da moda! O professor de aeróbica, com maestria e sotaque tropical, em cima de um palco improvisado, consegue botar todo mundo  p´ra quebrar.

"O cinto deles nunca aperta", mas o meu anda sempre apertado no mínimo, para segurar os pantalones!

Jogging, footing, fitness, bio bike...

Vamos lá pessoal, diz o personal trainer que comanda o exercício físico.

Gosto de ver jovens mamãs e papás a empurrar, orgulhosos, carrinhos de bebés! No Paredão aparecem bastantes aos fins-de-semana e em eventos como este, criando a ilusão de que a natalidade não é um problema que nos deva ocupar a todos nós.

Mexa-se a chegar ao fim. Da minha parte, nota altamente positiva a todas as questões do inquérito de opinião!

Famílias inteiras, vindas de localidades mais distantes, descansaram e fizeram pique-nique no jardim de Santo Amaro.

Para o ano há mais Mexa-se!