The Stonehenge of the Dead Englishman Beach
Megalitismo do Século XXI
Praia do Inglês Morto, assim é conhecida esta praia de Paço de Arcos, por nela ter dado à costa o corpo do jovem capitão de um navio de guerra inglês, morto pelos franceses em 1808, no ataque a um navio no porto de Lisboa.
No final do Passeio Marítimo de Oeiras foi construído um muro a fechar a Praia do Inglês Morto, ou Praia Nova de Paço de Arcos, ao nó de acesso à estrada Marginal.
Uma aberração, pensei eu, quando vi pela primeira vez o emparedado de blocos de granito!
Habituado a ver a praia sempre que lá passava de carro e sendo agora privado desse campo de visão, senti-me agredido pela barreira megalítica interposta entre a estrada e o areal.
No dia em que estive lá a tirar fotografias, uma senhora abordou-me a perguntar se eu era o arquitecto responsável pela construção da obra. Ela estava indignada, tal como eu, com a construção do muro, por fechar a praia ao exterior e tirar a vista da praia a quem chegava ou passava na estrada.
A rusticidade do material usado, enormes blocos de granito, sem serem polidos, também não se coadunava com as rochas de basalto existentes na região, nem com o ambiente urbano da praia.
Mudei de opinião sobre o Stonehenge da Praia do Inglês Morto, salvo seja, quando lá voltei a segunda vez, ainda antes da inauguração do passeio marítimo. A mudança de opinião deve-se ao feliz enquadramento proporcionado pelos dois murais entretanto pintados sob o viaduto da estrada Marginal.
A rusticidade do material usado, enormes blocos de granito, sem serem polidos, também não se coadunava com as rochas de basalto existentes na região, nem com o ambiente urbano da praia.
Mudei de opinião sobre o Stonehenge da Praia do Inglês Morto, salvo seja, quando lá voltei a segunda vez, ainda antes da inauguração do passeio marítimo. A mudança de opinião deve-se ao feliz enquadramento proporcionado pelos dois murais entretanto pintados sob o viaduto da estrada Marginal.
Quando se sai da praia, o olhar fixa-se nesses murais, dando a ilusão de que continuamos nela e de que para lá das falsas colunas à nossa frente, avistamos, no alto mar, caravelas e monstros marinhos do nosso imaginário colectivo de descobridores de novos mundos.
Outro factor importante que contribuiu para dissipar a agressividade do muro e humanizá-lo foi a pintura do calçadão com tinta verde.
O espaço exterior, entre o muro e a estrada, embelezado com mobiliário urbano e árvores plantadas, ganhou uma nova dimensão, servindo de sala de acesso à praia.
O espaço exterior, entre o muro e a estrada, embelezado com mobiliário urbano e árvores plantadas, ganhou uma nova dimensão, servindo de sala de acesso à praia.
No muro, as janelas e portas abertas, alem de servirem de elo de ligação entre a praia e o exterior, permitem a quem chega ir espreitando a praia e, como num jogo de descoberta, procurar diferentes planos de visionamento.
O Tollan de Paço de Arcos
Finalmente, em véspera de inauguração do passeio marítimo, foi retirado da zona das rochas o inestético “tollan” que há largos anos, trazido por uma cheia no Tejo, estava lá soterrado.
O Tollan de Paço de Arcos
Finalmente, em véspera de inauguração do passeio marítimo, foi retirado da zona das rochas o inestético “tollan” que há largos anos, trazido por uma cheia no Tejo, estava lá soterrado.
1 comentário:
Já saio mt poucas vezes e creio q a obra deve ter sido gizada no inverno em q ainda saio menos por isso só dei com o MASTODONTE qd já concluido e inaugurado. Escrevi de imediato um texto q mandei para o Jornal "A Voz de Paço de Arcos", em q exprimia o meu enorme desagrado e até hoje ainda não mudei de ideias! Não há painel nem pintura de chão q amenize o meu sentimento, sempre q ali passo de carro,de q estou a
entrar no REINO DOS FLITSTONES!
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